A questão da economia
A economia pensa resolver a questão do bem-estar, se para tanto nada interferir com os mecanismos de mercado, afirma ainda que a questão ambiental pode ser melhor resolvida se todos os bens públicos forem privatizados. Ao não ter em conta as externalidades (custos de produção não suportareis pelo produtor), gera quer a nível das trocas entre os indivíduos, quer a nível das questões ambientais problemas que não pode resolver, a economia baseada numa ética utilitarista (ética utilitarista), não pode assim olhar para os recursos como coisa finita ou para a natureza enquanto valor estético e não económico. É aqui que o emergir de uma nova ética, uma ética ambiental ecocêntrica que retire o homem do individual e o coloque no colectivo, que coloque a preservação dos ecossistemas inclusive o humano no centro das preocupações tem de surgir de modo a que não seja já o maior bem para o maior numero, mas o bem para o todo o objectivo da economia. Parece pois que uma ética ambiental ecocêntrica poderá ser o caminho para a resolução dos problemas que a humanidade enfrenta quer aos níveis económicos quer aos níveis ambientais, transcendendo o direito cuja finalidade de regular as relações entre os diferentes interessem privados se esbateria finalmente.
Esta ética écocêntrica aceite por todos os homens, teria assim a capacidade de conduzir toda a acção no sentido do que é moralmente aceitável pelo todo e tornaria possível regular por si só as relações do homem com o homem e deste com a natureza.
A questão dos bens,
Tanto a ética como a politica encara os recursos naturais enquanto problemática a resolver. No entanto quer a ética normativa quer a ética deontológica considera que
O bem que interessa é o bem individual, sendo lícito a qualquer indivíduo maximizar um bem pessoal desde que essa maximização produza um bem maior no maior número
Tratam-se pois de éticas individualistas, mas o que fazer com os bens de todos como a natureza como estética, e os recursos naturais, no fundo todos os bens provindos da natureza, as éticas individualistas propõem que se privatizem todos esses bens e que a politica imponha as regras e o preço a pagar pelo usufruto desses bens, a questão que se coloca é se, será moralmente aceitável privatizar todos os bens, partindo do principio que o homem não consegue por si só alcançar uma atitude altruísta que permita preservar os bens pelo simples prazer de os olhar.
Pessoalmente não concordo que o único ponto de vista sobre a realidade possa ser o económico, ainda que se admita a regulação pela politica ambiental e pelo direito dos bens comuns, é pedir pouco ao ser humano, é ter uma perspectiva curta da capacidade humana é olhar o homens como ser individualista, o que penso não ser verdade uma vez que toda a economia é colocada em marcha pelo todo humano.
Qual o caminho a seguir
De manhã logo cedo ligo o rádio e ouço, nos últimos 35 anos a perda da biodiversidade causada pelo crescimento da espécie humana e pelas formas económicas que afirmam a possibilidade de alimentar toda a população mundial e de manter um consumo de bem estar, conseguiram isso sim tornar irreversível a extinção de 28% das espécies marinhas, 29 % dos amimais do ecossistema de água doce e 25% das Restantes espécies dos diferentes ecossistemas, entre os animais que correm maiores riscos de extinção estão os antílopes africanos, o peixe-espada e o tubarão martelo.
Podemos então concluir que se a sociedade industrial de economia Taylorista , conseguiu criar a ilusão que era possível alcançar o bem estar económico e social, promovendo uma ideia de consumo massificada, produzindo bens a baixo custo e sem preocupações ambientais, o desenvolvimento de uma economia global baseada na convicção que tudo é possível, através do aumento da competitividade e de novas tecnologias amigas do ambiente , bem expressas nas politicas e no direito ambiental Europeu, não foram capazes de evitar a continuação de graves danos aos ecossistemas terrenos, provocando a extinção de cerca de ¼ de todas as espécies vivas do planeta , aumento da poluição, agricultura intensiva , expansão urbana , pesca e caça excessiva pode-se falar de politicas ambientais aplicadas na união Europeia , mas não podemos esquecer que o nos restantes países do mundo, as praticas de produção não ambientais continuam o seu percurso e na sua grande maioria trata-se de empresas transnacionais entre as quais as Europeias que se deslocam para países onde essas exigências não existem.
Torna-se pois urgente o ressurgir de uma nova economia centrada no bem do todo, uma economia ambiental e ecológica, que modifique o conceito de valor, que se reja por regras éticas em que nem só os bens económicos sejam considerados como valores em si ,mas que estenda estes valores, aos valores que existem por si mesmos, como os objectos naturais a que se dê um valor de existência ou de não uso, ou seja um valor independente das necessidades de consumo, uma economia parte do ambiente como principais princípios quer da politica quer do direito.
Uma politica ambiental e um direito do ambiente baseados nesta filosofia ambiental que procure as normas que imponham regras de conduta que maximizem os valores em si e não os bens económicos, que procure as sinergias entre a economia e o ambiente regidas por uma ética verdadeiramente ambiental «uma ética ambiental profunda»
É pois urgente trazer para o centro da política ambiental a filosofia ambiental que procure os princípios que a politica possa equacionar como essenciais e que gere os valores morais capazes de imporem um direito ambiental que sustente os valores naturais,como algo a preservar, mais do que um direito ambiental que sem base na moral é de difícil aplicação num mundo fragmentado.
A filosofia ambiental ao questionar o ser humano sobre a possibilidade de preservar a vida, não pode ficar alheia ao real e perder-se em pura especulação, deve antes ser geradora de ideias e contribuir para a criação de um corpo de ideias de onde possa sair uma nova ideologia uma ideologia verde, que transcenda a ideia de economia verde, esta é capaz de contribuir, através de novas tecnologias ou do cumprimento de regras impostas pela politica ambiental e pelo direito contribuir para melhorar o estado do ambiente, mas só uma ideologia que tenha na base um progresso humano dentro do ambiente com o ambiente e para o ambiente, poderá tornar possível o progresso humano preservando o ambiente e mantendo a estética ambiental, ou seja preservar os ambientes naturais e os ecossistemas.
Só uma ética ambiental que questione a falsa questão que só a economia pode impedir as acções humanas contra a natureza e que só impondo á humanidade limites á poluição através de mecanismos legislativos e imposição pelo direito de normas de conduta e que conduza o ser humano á interiorização que todos os homens e a natureza caminham juntos e que o objectivo de uns é o progresso de todos, poderá constituir-se como solução global para os problemas sociais e ambientais.
As politicas ambientais actuais, são mais de que uma tentativa de resposta da economia clássica as externalidades que gerou, mas não altera e não aprofunda a necessidade de um convívio inter-humano e deste com a natureza e muito menos o valor económico do próprio homem
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