Quinta-feira, 17 de Janeiro de 2013
A ética e a Moral
Quando nos colocamos perante os fins que queremos prosseguir, questionamo-nos qual a melhor metodologia para os atingir, ou agimos de modo a atingir os nossos fins, sem pisar os outros, ou essa questão não nos interessa e prosseguimos o nosso caminho sem olhar a meios.
Esta é no fundo a diferença entre o agir ético e a acção moral.
Quando falamos de ética, estamos a falar de um valor para mim, enquanto quando falamos de valor moral, estamos a falar sobre os meus valores enquanto ser social.
Assim, agir de forma ética, é agir a partir de uma escolha individual daquilo que quero fazer com a minha vida, não me questionando sobre a forma de atingir os objectivos. Quando falamos de valores morais, falamos de que forma, qual o caminho, que quero prosseguir para atingir os meus objectivos de vida.
Quero agir com justiça, ou injustiça, quero o melhor bem para os outros, preocupa-me a forma como as minhas acções os prejudicam?
Na prossecução dos meus fins procuro respeitar os outros, ser solidário e relacionar-me com eles, de um modo igualitário, ou por outro lado as minhas acções destinam-se a atingir os meus fins sem quaisquer outras preocupações.
Uma análise crítica das acções destes senhores que hoje nos comandam a vida mostram que estes procuram atingir um fim, a destruição total das políticas que procuram criar uma comunidade preocupada com os outros, a destruição de um Estado que pretende o bem comum.
Sendo assim pode afirmar-se que estes procuram atingir a um fim ético para eles.
No entanto, ao não se preocupam com as questões morais, agem segundo uma ética do mal, procurando a todo o custo a destruição da economia e da convivência pacífica intracomunitária.
Buscam os fins que sempre imaginaram e nada mais lhes interessa, destroem a economia, conduzem uma grande fatia da população a condições de sobrevivência e sorriem.
Para reflectir
Tal era o formidável poderio que existia naquela região, e que o deus reuniu e voltou contra o nosso país pela seguinte razão. Durante muitas gerações, enquanto a natureza do deus se manifestou suficientemente neles, obedeceram às leis e ficaram ligados ao princípio divino com o qual estavam aparentados. Só tinham pensamentos verdadeiros e grades em tudo, e comportavam-se com doçura e sabedoria perante todos os acasos da vida e nas suas relações mútuas. Assim, só prestando atenção à virtude, faziam pouco caso dos seus bens e suportavam facilmente o fardo constituído pelo seu ouro e por outras posses. Não se inebriavam com os prazeres da riqueza e, sempre senhores de si mesmos, não se afastavam do seu dever. Temperantes como eram, viam claramente que todos estes bens também cresciam pela afeição mútua unida à virtude; e que, quando os homens se agarram a eles e os honram, eles perecem e a virtude perece com eles. Enquanto pensaram assim e conservavam a sua natureza divina, viram crescer todos os bens de que falei. Mas, quando a porção divina que estava neles se alterou pela freqüente mistura com um elemento mortal considerável, e o carácter humano predominou, incapazes desde então de suportarem a prosperidade, comportaram-se indecentemente; e aos que sabiam ver pareceram feios porque perdiam os mais belos dos seus bens mais preciosos, enquanto os que não sabem discernir o que é a vida feliz os achavam perfeitamente belos e felizes, embora eles estivessem contaminados por injustiças, cobiças e pelo orgulho de dominar. (PLATÃO, 1969:325)
Bases principais do Pensamento Verde
• Preocupação com a crise ecológica.
• Procura de uma Ética de respeito pela integridade ecológica da Terra e da sua miríade de espécies.
• Reconhecimento da interdependência social e ecológica.
• Aceitação da ideia de que existem limites ecológicos ao crescimento.
• Apoio a uma sociedade ecologicamente sustentável.
• Procura de implementação de políticas com preocupações sociais e de tecnologias capazes de promover um desenvolvimento sustentável.
• Procura das bases de uma economia social.
• Respeito pelas gerações actuais e futuras.
• Procura do desenvolvimento da democracia participativa e descentralização do poder ao mais baixo nível.
Assim, a ideia base do pensamento politico verde, é a procura de um sociedade pós humanista que conduza a um pensamento solidário entre os mais ricos e os mais pobres, que conduza à diminuição do consumo de recursos e, a uma ética de vida, que permita transferir recursos para os mais pobres , de modo, a garantir a sustentabilidade ecológica a uma escala mundial e, à construção sociedades humanas , que procurem viver, de modo ecologicamente sustentável