Quinta-feira, 25 de Junho de 2009
A caminho do futuro

 

Alterações climáticas

 

 As alterações climáticas, resultam essencialmente das actividades antropomórficas, com libertação de CO2, CH4, e outros gases de efeito de estufa, consumo de energia, transportes, produção e consumo de alimentos, as habitações são directamente responsáveis por cerca de 16% das emissões de gases com efeito de estufa .Na UE por ano, cada cidadão comunitário é responsável por 11 ton de emissões de GE(http://www.climatechange.eu.com).  

A agricultura de forma directa é a segunda maior fonte de G.E.E, contribuído entre 10% e 12% do total das emissões, das quais 54% são CH4, um gás 23 vezes mais potente que o CO2 e 46% são de N2O, 296 vezes mais potente que o CO2,   a contribuição da agricultura para os G.E.E, emissões directas são de entre 5,1 e 6,1 Pg de CO2 eq, as emissões de GEE resultam  da fermentação entérica do gado 38% e 32% da agricultura, associadas aos fertilizantes nitrogenados , aos adubos  e  á queima de biomassa (12%), produção de arroz 11% e manuseio de adubo 7%,  A destruição intensiva das florestas para novas plantações ou fazer face ao crescente aumento da população é responsável por  (2,9 e 5,9 ) Pg de CO2 eq ,sob a forma de CO2 (Mudanças do clima, Mudanças no campo ,( Greenpeace internacional 2008). Os transportes contribuem  forma crescente para o aumento da emissão de GEE, principalmente pelo aumento de veículos de passageiros por toda a Europa.

 

Trata-se de um problema global, para o qual o mundo tem estado a olhar com timidez à procura de soluções que talvez possam evitar o aumento rápido das alterações climáticas a que temos assistido, mas que dificilmente resolverão os efeitos a longo prazo. As políticas e medidas domésticas existentes nos EM, não serão suficientes para o cumprimento das metas de 2010, prevendo-se uma redução das emissões de GEE na UE de apenas 0.5%, relativamente às registadas no ano de 1990 (www.confagri.pt), As previsões para o aumento da temperatura media da terra são de 1 e 3,5º c entre 2000 e 2100, com consequências na segurança alimentar, redução da produção agrícola em cerca de 50%, aumento das doenças por mosquitos vectores entre outras, elevadas concentrações de ozono em zonas urbanas e impactos irreversíveis sobre a biodiversidade e devastadores impactos sobre os ecossistemas, afectando a humanidade pelos impactos na vulnerabilidade do clima em especial nas orlas costeiras no árctico e na antárctica, onde os impactos serão de tal ordem que mudará completamente as condições climatéricas, com todas as consequenciais paras as espécies vivas, Na Europa uma boa parte dos glaciares desaparecerão, com impactos negativos na económica e nas condições de vida, nomeadamente aumento da desertificação e escassez de água, diminuição da área agrícola e de produção de energia hídrica.  

As soluções propostas pelos lideres mundiais para um desenvolvimento sustentável, no protocolo de Quioto, assinado por alguns países em 2005, mas ainda não assinado por alguns dos maiores emissores de G.E.E, pode ter o mérito de permitir o desenvolvimento económico dos países ocidentais e conduzir a uma procura de tecnologias mais limpas, não se constitui no entanto como solução para o grave problema do aquecimento global.

 Muito embora os países da CEE, tenham criado legislação comunitária, tais como o PCIP - Prevenção e Controlo Integrado de Poluição. Legislação comunitária, transcrita a nível nacional pelo Decreto-Lei nº 194/2000, que tem por objectivo procurar limitar as emissões no ar, água e solo por certas actividades industriais.

Ou o 6º programa de acção em ambiente, que determinam uma diminuição das emissões de G.E.E e gases acidificantes no espaço comunitário e na procura de soluções alternativas. Incentivando a redução do consumo, melhorando as tecnologias utilizadas na industria produtora de energia, limitando as emissões de gases de estufa, aplicação de taxas aos poluidores e outra legislação que promove a dinamismo tecnológico, na procura das melhores tecnologias economizadoras de energia e construção de equipamentos domésticos de baixo consumo, promovendo o incentivo á produção de energias limpas. Verifica-se que o consumo mundial de energia primaria aumentou 4,3% entre 2003 e 2004, a taxa mais elevada dos últimos 20 anos sendo a China responsável por 43% desse crescimento, o consumo de carvão crescia 6,3% e o consumo de petróleo apresenta o maior aumento desde 1976, prevendo-se nos próximos anos um crescimento de procura de energia na ordem dos 60%, e o crescimento das emissões de G.E.E nos países da OCDE de 13% entre 1990 e 2001, Persiste assim  um problema global que as convenções das nações unidas e os compromissos assumidos, não são suficientes para inverter .  

Em Portugal a questão emissões de efeito de estufa, pode ser colocada da seguinte maneira entre 1990 e 2010, prevê-se um aumento do consumo de energia primaria de 68% e das emissões de efeito de estufa de 47%, sendo a maior responsabilidade do consumo de energia eléctrica, duplicando neste período, para o sector dos transportes prevê-se um aumento de 4% ao ano, sendo os automóveis responsáveis por 50% do consumo total e 59% da responsabilidade das deslocações urbanas e sub urbanas

 Estimando-se um aumento de combustíveis pelos transportes rodoviários de 130% entre 1990 e 2010 e um aumento das emissões de GEE entre 121%e 140% sendo o modo de transporte rodoviário o que apresenta maiores emissões em termos comparativos de co2eq.

 Quanto ao consumo residencial verifica-se um aumento entre 10 e 13% para o sector de arrefecimento ambiente e para aquecimento de água 2,4 e 2,7 e de electricidade específica o crescimento é de 1,9 a 2,4%, Para o sector agrícola, estima-se que as emissões de gases de efeito de estufa seja de 4.4 Mton de co2eq em 2010, sendo o metano responsável por mais de 70%, e as emissões derivados dos resíduos terão um aumento de 0,3Mton eq relativamente a 2000, o que configura uma distancia á meta de quioto de 7414Ggco2e/ano (relatório de Portugal no âmbito do artigo 3 da decisão nº280/2004/CE)

Assim para que seja cumprido o protocolo de quioto é absolutamente necessário o cumprimento rigoroso do PNAC2006, redução das emissões abrangidas pelo CELE, uso dos mecanismos de flexibilidade. No entanto para que o planeta possa recuperar seriam necessárias medidas adicionais não previstas nos mecanismos de quioto, pelo que se apresenta como absolutamente necessário as seguintes medidas adicionais. Em primeiro lugar a necessidade de uma verdadeira inculturação do problema nas populações, para seguidamente seguir politicas que promovam a poupança de energia, construção de edifícios autónomos em energia, através de painéis solares, e energia eólica, sistemas de aquecimento de água com recurso a energia natural e biomassa , Melhoria dos desempenhos no domínio da construção e da iluminação

- Concepção de edifícios e planeamento das infra-estruturas. Promoção da recolha selectiva de resíduos orgânicos e da sua valorização orgânica reutilização e reciclagem e recuperação de energia em unidades de pequena escala (por exemplo, compostagem comunitária) ou por compostagem caseira, bem como promoção da recolha selectiva porta-a-porta de resíduos

 Substituição de todas as centrais térmicas por centrais a gás natural (cogeração )

Recuperação do biogas das actividades pecuárias  

 

Aumento da eficiência e intermodalidade dos transportes públicos, taxas sobre a entrada de automóveis na cidade uma nova politica de povoamento das cidades evitando a deslocação massiva dos trabalhadores pendulares, desenvolver técnicas de sequestro de carbono, alterações nos hábitos de consumo, consumindo menos alimentos da cadeia de maior valor energético, agricultura ecológica e investimentos nas florestas para melhorar seu valor ecológico.

 Preparar as condições para a substituição dos combustíveis fosseis, iniciando desde já programas tecnológicos de procura de alternativas aos combustíveis fosseis e impor uma meta para o fim do uso deste recurso, repor as condições das florestas tropicais e promover politicas educacionais dos povos dos países em desenvolvimento, para a promoção da mulher permitindo uma opção pelo planeamento familiar invertendo o crescimento populacional.     

publicado por sociolocaminhar às 06:46
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Para uma nova cultura humana

 

A Europa e as politicas para a energia

 

Nesta questão a EU anda de facto muito a à frente dos restantes países do mundo,não só na adopção do protocolo de quioto e na sua dinamização, como na adopção de uma politica concertada para a energia que abarca os diversos temas em questão, desde a indústria ao transporte, passando pela agricultura. 

 

É de facto um programa ambicioso ao nível das medidas de politica extensíveis aos 2 7 estados membros, que tendo por base a implementação do programa europeu para as alterações climáticas, pretende a alteração da forma de produção e utilização da energia, através da aplicação entre outras das  seguintes medidas.

 

Promoção de electricidade produzida a partir de fontes renováveis, objectivo atingir em 2010, 21% da produção de energia eléctrica a partir de fontes eólicas, solar, geotérmica, das ondas, das marés, hidroeléctrica, biomassa, gás de aterro sanitário, tratamento de esgotos do gás e do biogás.

 

Podemos pois considerar as politicas europeias para o uso racional da energia são transversais a todos os sectores, desde a promoção da produção de energias alternativas, passando pela procura e consumo de energia pela politica de transportes promovendo a construção de motores mais eficiente, a substituição do Gasóleo pelo biocombustivel ou gás natural e aplicação do principio do poluidor pagador ao transporte rodoviário de mercadorias

 Industria e gestão de resíduos, eliminação de gases fluorados , melhoria da qualidade do ambiente urbano,  promovendo uma abordagem integrada para a  gestão ambiental das cidades  em especial a gestão dos transportes urbanos .

 

A estratégia europeia para a diminuição do consumo de energia é assim um princípio fundamental, para não aumentar as emissões de gases de efeito de estufa, no entanto é insuficiente para, iniciar a diminuição sustentada das concentrações de gases de efeito de estufa.

 

São assim necessárias outras políticas de desenvolvimento, que procurem não só uma forma de produção limpa, mas também que fomentem um outro tipo de forma de estar do humano no mundo, que procurem o consumo necessário para o bem estar do homem no mundo e não o desperdício e o supérfluo      

 

publicado por sociolocaminhar às 06:28
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