Terça-feira, 31 de Julho de 2007
Movimento de intervenção e Cidadania
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publicado por sociolocaminhar às 21:48
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As razoes do medo
[15] As razoes do medo
ilidio diniz, 2007-07-29 23:55:38
Nunca fui militante ou sequer simpatizante do PS.
O meu percurso foi , o de lutar pela liberdade ao lado de muitas outras pessoas ainda durante os anos quentes de 1975 .
Sendo assim quero começar por dizer que Provavelmente muitas pessoas vão olhar para estas palavras e facilmente dizer, lá esta mais um esquerdista que não concorda com nada .
Pouco importa , como nunca importou saber que da politica nada poderia retirar caminhando ao lado de um partido que se não integrava no sistema .
Mas se ao longo do tempo fui percebendo que os Partidos que se afirmam da classe Operaria confundem a classe operaria e o povo com o Partido e por isso deixaram de ser ideias validas para a criação de um sistema igualitário.
Também percebi , que nada poderia esperar uma sociedade de um partido que confunde e esquece , a igualdade a fraternidade ,e baseia a sua essência num único dos valores da revolução Francesa a liberdade, e ainda assim, confundindo liberdade de ser e de estar com" liberdade" valor do liberalismo que pretende apenas afirmar que somos livres de fazer o que quer que seja , sem olhar a meios
Sem a preocupação de saber o que é que que fizemos com a liberdade que nos foi dada ..
De facto quando falamos de medo hoje, de incapacidade de afirmação individual e de estarmos a viver momentos de viragem que nos dificultam a forma de estar nas empresas e na própria função publica.
Exemplo para toda a sociedade.
Do que Estamos a falar é de um estado e num partido que o dirige de momento e que constrange através do exemplo que dá à sociedade, do caminho que se deve seguir.
assim um estado que se prepara para condicionar a forma de estar dos seus Funcionários, que pretende reformar as contas publicas diminuindo o salário dos seus funcionários e mais tarde começar a despedir sem justa causa , está a dar um exemplo à sociedade, que tudo é possível.
um Partido que domina um estado que , diz sociedade .Despeçam à vontade que depois temos aqui a classe media que vai pagar o subsidio de desemprego. Um partido que se apropriou dos valores do socialismo para condicionar a vida da sociedade.
É um partido sem valores .
É um partido à deriva e ao sabor do vento.
É Um partido que mais tarde ou mais cedo deixa de ser valido para Governar um povo que é conduzido a desacreditar na Politica ,enquanto ideal de vida e projecto de Sociedade .
É pena que aqueles que Verdadeiramente acreditaram nos valores da Revolução francesa e se enquadravam no PS, tenham deixado cair O PS num tal vazio de ideias e que tenham permitido que os novos doutores se apropriassem dos votos dos portugueses que, acreditam que a igualdade e a fraternidade é possível, para ao inves desses valores, se proponham criar uma sociedade onde os valores do individualismo e do capitalismo puro e duro possam florescer por toda a parte.
Para onde Caminha um partido que perdeu os valores que são seus referenciais Históricos.
Para onde caminha este partido ,quando os seus militantes mais importantes se fazem chamar de doutores à entrada da sua sede e perderam o gosto pelo trato de camarada.
O medo que existe hoje na Sociedade não é medo da Policia nem do Estado, não é o medo da Prisão, por lutar pelos seus ideais , é um medo mais profundo mais subtil mais perigoso, é o medo de perder o emprego , é o medo de cair na pobreza. é o medo de perder a capacidade de alimentar a família, é um medo do futuro que se não vislumbra.

publicado por sociolocaminhar às 02:38
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Segunda-feira, 30 de Julho de 2007
Entrega do ser ao Amor

 Subir à montanha mais alta que se encontrar.

Olhar o infinito, procurar o belo que o mundo tem.

Olhar em redor à procura de não se sabe o quê?

Estar ali sentado sem saber para quê.

Sentir todo o silêncio que nos invade

 Sentir o vento suave que nos acaricia.

Escutar os sons que nos invadem o ser.

 Escutar lá longe o som das trompetas

Que nos chega ao de leve e nos envolve

Todo o ser.

 Sentir a vida toda fluir enquanto o pintassilgo nos pousa no ombro

 Escutar o som da água que cai da cascata  

 O som do vento que passa e nos toca ao de leve.

 Sentir o que nos acontece simplesmente por ser

As borboletas que pousam nas flores

As flores que nascem de plantas de que não gostamos e nos impedem de correr.

 Amar o inesperado, é ser portador de novas vontades

De novos sentimentos que surgem simplesmente por saber escutar.
 
Procurar o escondido, o profundo.

O tudo que é, não parecendo, pode ser!...

É lindo de viver este estado da alma aberta ao desconhecido.

De procura em procura, o reencontro com o nada que pode não ser.

Viver quem sabe uma nova tempestade que nos envolve mas que nos agrada porque é amor total.

Entrega do ser ao amor é a arte de saber dar a coisa mais bela de todas as coisas.

Mas é preciso saber sentir, estar receptivo a dar sem esperar.

A vida não é uma troca que possamos fazer.

É uma entrega total do ser à sensibilidade.  

Não, não é procura do prazer, mas é sem duvida a capacidade de o sentir.

 

       

   

publicado por sociolocaminhar às 02:00
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Domingo, 29 de Julho de 2007
É Ser e não ser

  Beleza . é poder ser  o que somos , fazer o que gostamos , ser tudo e nada , trabalhar ou não .

Ler ou não

Caminhar ou não,  partir ao encontro do que por ser, é belo em si .

É sentir a liberdade de usar a vida  da maneira que nos apetecer .

É um prazer.

Que pode não ser.

Mas que é pelo simples facto de ser.

 Que maior prazer pode existir do que sentir o ser liberto da opressão diária dos horários.

De poder deixar os raios de sol acordar-nos, quando a manhã já vai alta

 Poder  sentir  a lua nos seus diversos modos de nos olhar.

É ser o que somos e o que queríamos ser , é o encontro connosco.

É  ser e  não ser .

É mais do que tudo o que imaginemos

 A beleza é uma definição que nunca poderemos dar

Por isso a beleza é bela

    

 

 

 

 

publicado por sociolocaminhar às 17:57
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Sábado, 21 de Julho de 2007
Paisagens da memoria

Paisagens da memoria

 

 A lareira acesa, a caruma na mão a arder, a rodar no ar entre os dedos.

O círculo que fazia era lindo.

O Irmão mais velho que deitava as culpas das asneiras para o mais novo.

As primas com que brincava.

A torre de lama que construí

Os campos verdejantes, a apanha do milho, a descamisada, as cerejas grandes e saborosas, os pêssegos e os figos precoces do meu avô.

O Correr pelos campos completamente livre.

A festa do Senhor dos Aflitos.

O garrafão de vinho que bebi inteiro, as arvores a rodar, o chão que fugia debaixo dos pés.

Os cogumelos que apanhava na quinta do meu avô, os pinheiros, os carvalhos, as videiras, o fazer do vinho.

A ribeira de água cristalina, linda de viver, o moinho onde se moía a farinha, o moleiro, o debulhador do milho, as cascatas de água na Ribeira.

A minha avó a fazer o pão, no forno que havia na parede dentro da casa, o pão de azeite com açúcar, espectacular. Tirar água do tanque com canos de aboboreira

A mina onde íamos buscar água para a rega dos campos, o cão que para mim era um burro, castanhas, uvas a serra em frente.

 O tira Boinas.
O meu tio  Hegidio,carpinteiro, principalmente tanoeiro, para mim,o petas
O tira boinas era o Homem da debulhadora, ficou-me na memória por ser o tipo que mal me via, me roubava a boina, a coisa que eu mais gostava, era uma boina basca, preta de que me era insuportável separar, assim quando o tira boinas aparecia, para mim era como se o diabo surgisse de repente à minha frente surgido das profundezas do inferno. O tira  boinas  transformava-se assim no monstro mais horrendo da minha infância. Monstrengo  da minha existência , de quem fugia a   sete pés e que me perseguia até nos sonhos . Sonhos sonhados na noite de breu , nos pesadelos, em que me sentia cair a uma velocidade estonteante  até que acordava aos gritos, a um metro do fundo do poço.

O tio Hegidio era o tio fantástico  que, transformava as arvores em pipas para o vinho enquanto o diabo esfregava um olho , plaina , bigorna , malho esquadro como únicas ferramentas e o fogo  que usava como magia .

Aquilo para mim era autentica magia, ficava ali a olhar dias e dias seguidos fascinado com aquela maravilha.

 Assistia ao descascar do tronco da arvore, e via com o desenrolar do tempo surgirem as aduelas que depois se encostavam umas ás outras envolvidas em rodas de ferro que entretanto haviam sido construídas e quando todas encaixavam milimetricamente, então a magia do Fogo fazia o ajuste final. E de tal modo era magico que, quando cheias não pingava nada.  A perfeição em si mesma executada por um Homem simples mas cuja sabedoria me marcou para sempre.

Era como tornar possível o impossível , mas era também o tio sensível que contava historias que me faziam transportar para as paisagens mais belas da minha existência

Era, na caso do petas que, se comia o melhor naco de presunto de Maçãs de dona Maria e das sete vilas em redor que , era o espaço mais longínquo que para mim existia.

 

       

A partida

 

 Algures no tempo o familiar deixa de o ser, outra vida outro sitio outro estar.

Roubado das coisas simples, das paisagens queridas, das paixões, infantis, outros medos outros monstros outros tira boinas surgem do nada.

Acordar e não encontrar o familiar mas um novo lugar onde não existe nada de conhecido, partir para outro mundo, distante de tudo.

Abro os olhos e não encontro, procuro, procuro mas não encontro em lado nenhum, nem o cão que era burro, nem a minha torre de barro nem a minha ribeira querida, olho e apenas vejo um tira boinas em todas as esquinas.

Nem o petas, nem a sua magia nem as suas historias simples, nada, apenas o vazio

 Confusão na minha mente, é como se de repente nos tele- transportássemos para uma mundo de ficção cientifica. Onde toda a paisagem muda, olhas e não encontras o antigo o conhecido, nada de nada à tua volta, procuras e nada de familiar consegues encontrar

Paisagem do fim do mundo. É a única coisa que consegues encontrar.

Construir de novo outras imagens em que ancorar a existência outras memórias, que não é possível sobrepor ás primeiras, confusão de imagens, ir ou ficar gostar do novo ou odiar.

 Novo reencontro com o mundo, novos amigos, vão surgindo, mas existe sempre uma nostalgia que é impossível não sentir.

Entrar num mundo que não é nosso, a necessidade de outra identidade, necessidade de impor de novo a existência.

Viver entre dois mundos e em lugar nenhum.

 

  

 

 

  

 

 

   

 

 

 

publicado por sociolocaminhar às 02:19
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Quinta-feira, 19 de Julho de 2007
LUA de SOL
ASAS PARA VOAR
publicado por sociolocaminhar às 01:59
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Pelas ruas da Cidade
Igualdade é de facto o principio fundamental para que os seres humanos possam ter algo parecido com a possibilidade de comunicar.
Sem esta possibilidade,sem que todas as pessoas possam falar com liberdade do que lhe vai na alma,sem a possibilidade de que homens e mulheres possam caminhar de mãos dadas pelas ruas da cidade, não será possível construir o tal mundo novo com que sonhámos algures no tempo.
Agora o que não acredito mesmo é que este percurso, este dar as mãos e ir por ai de avenida em avenida e gritar bem alto essa liberdade, se possa construir por decreto. Só pela conquista desse espaço de liberdade, poderemos aceder a esse sentimento de nos sentirmos de verdade iguais.
Um dia há muitos anos tive um sonho,nesse sonho ,eu caminhava de mãos dadas pela rua da cidade com o outro ,sem diferenciar o género, sem visualizar qualquer diferença no género Humano.
Para mim só havia uma diferença possível e, essa diferença era no conhecimento que era diferente em cada ser ,seria assim das diferenças do conhecimento que juntos iria-mos construir um mundo onde fosse possível caminhar lado a lado.
Mas a realidade mostrou-se outra, em todas as dimensões da vida e do mundo.
Tornámos-nos cada vez menos capazes de nos sentirmos iguais.
Hoje quando dobramos as esquinas, temos encontros com os outros ,mas desviamos o olhar , não queremos igualdade mas ser mais poderosos .mais dominantes menos humanos.
De facto falamos cada vez mais em igualdade, em aceitar os outros e as suas diferenças. Mas na realidade estamos simplesmente, a ser politicamente correctos e essa importação Americana apenas serve para não nos confrontarmos com a realidade e, enfrentarmos verdadeiramente de frente ,os nossos preconceitos culturais que ,efectivamente nos impedem de trilhar esse caminho, rumo a uma sociedade de iguais sem complexos e sem percursos divergentes.
publicado por sociolocaminhar às 01:31
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