Quinta-feira, 27 de Setembro de 2007
a procura do Ser
Que o mundo gire
Que a bola ande
Que caia e se levante
Que vá e que venha
Que olhe para lá e para cá
E desande como só ela sabe desandar
São momentos únicos que procuramos
Que nos encontremos pois ao luar
Nas noites quentes de Agosto.
Sem medo de ser o que somos
Ao descamisar uma espiga de milho
Que sejamos iguais a nós mesmos
Que nos encontremos no beijo
fugidio que damos
A quem encontra a espiga Vermelha
Que sejamos felizes por momentos
Momentos quentes que queremos
Que guardamos para sempre.
Que o mundo ande
Que tu caminhes
Pelo caminho do ser
Que sejas pois o luar que é belo
O sol que aquece ao mundo
A estrela mais bela do ar
Ou a bola que roda e que ri.
Segunda-feira, 17 de Setembro de 2007
Não sei quantas almas tenho
Fernando Pessoa
Não sei quantas almas tenho
Não sei quantas almas tenho. Cada momento mudei. Continuamente me estranho. Nunca me vi nem acabei. De tanto ser, só tenho alma. Quem tem alma não tem calma. Quem vê é só o que vê, Quem sente não é quem é,
Atento ao que sou e vejo, Torno-me eles e não eu. Cada meu sonho ou desejo É do que nasce e não meu. Sou minha própria paisagem; Assisto à minha passagem, Diverso, móbil e só, Não sei sentir-me onde estou.
Por isso, alheio, vou lendo Como páginas, meu ser. O que sogue não prevendo, O que passou a esquecer. Noto à margem do que li O que julguei que senti. Releio e digo : "Fui eu ?" Deus sabe, porque o escreveu.
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Sábado, 15 de Setembro de 2007
Para meditar
É sem duvida verdade que nos encontramos a viver momentos únicos que a humanidade nunca antes experimentou.
Em teoria podemos escolher a vida que vivemos.
O emprego que queremos
O livro que lemos.
Enfim tudo parece depender da nossa vontade.
Ou da nossa mais intima necessidade.
Mas será que este momento particular do mundo e do humano, o estado da liberdade .
É o estado final da humanidade?
O bem finalmente alcançado?
A maravilha que o homem novo sente por conformidade?
O fim geral da humanidade?
Será que o bem finalmente alcançado é isto que encontramos ao abrir um jornal?
Ao ligar o televisor e até na musica que ouvimos?
Estereotipada , feita em função das estatísticas, de quantos ouvintes ou leitores vamos ter.
Será que os brinquedos com que brincamos , as coisas que comemos e o que fazemos é de facto o que verdadeiramente queremos?
Será que finalmente o paradigma de George Wells , nos apanhou nas esquinas do mundo indefesos perante o espectáculo da vida e do mundo?
Será que o caminho verdadeiro ao encontro do futuro deixou de ter sentido?
Será que finalmente chegamos ao fim da historia ?
Estarei louco eu, que vejo que nunca uma Sociedade foi tão controlada , tão comandada , tão sem alternativas.
E que todo o resto do mundo está conforme com o que deve ser a própria vida ?
Que diabo, por anda toda a inteligência Humana ?
Será que inteligência humana é só invenções tecnológicas , Ir a Lua e conhecer a composição do planeta mais longincuo do nosso ?
Será que é possível a vida, neste continuo de liberdade infinita que nos controla a a alma e nos impede de pensar ?
Será que: liberdade é um conceito de que nos temos de libertar, para poder compreender que a vida é mais que o que os homens livres podem imaginar?
Liberdade é Poder ser diferente !
Pensar de modos diversos!
Ser gente !
Mas como podemos ser simultaneamente livres e gente, se o espaço de liberdade que construímos nos conduz à unificação do pensamento?
Parece-me que assistimos a mais uma transição do ser humano
De Homo Sapiens para homem Uno.
Porém não gosto deste novo Homem emergente
Parece-me um homem apático , que consome tudo o que lhe oferecem sem discutir
Que escreve o que lhe dizem para escrever , que lê tudo o que lhe dão para ler
Enfim um homem novo
Em homem que sabe ler ,mas não lê ?
Que pode pensar mas não pensa.
Um homem moldado finalmente.
Homem de papel.
Homem finalmente com poder que não sabe usar.
Será mesmo que falo da humanidade ?
Quarta-feira, 12 de Setembro de 2007
Encontro com o Mundo
Sabemos que nos encontramos aqui.
Que caimos subitamente , num Mundo em mudança
que não percebemos.
Vivemos a uma velocidade não mensuravel.
Na procura insessante de fugir de nós mesmos
Da nossa sensibilidade
Descobrimos subitamente que somos
parte do universo em transformação
Poetas, Pintores , ciêntistas ,Pensadores do Social
Tanto conhecimento para quê?
Se não somos simplesmente capazes de abraçar uma arvore
e de nos deliciarmos com o beijo de uma flor.
Com o prazer simples de olhar o infinito
Caminhamos , simplesmente acelerados
para o estrondoso impacto sobre o planeta Terra .
Segunda-feira, 10 de Setembro de 2007
Sentir!...Sentir!... A beleza em cada coisa que tocamos
O que fazer com as imagens que nos maravilham?
Mete-las num bolso e guarda-las como algo precioso
Que queremos guardar eternamente junto a nós?
Deita-las ao mar e deixa-las vaguear sobre as ondas?
Entrega-las ao vento que passa e nos transporta
Para a leveza do ser?
Olha-las simplesmente?
Partilha-las com o mundo todo?
Mas como partilhar os sentimentos
Que sentimos de formas diversas?
As imagens que sentimos são momentos únicos
Que só cada um pode guardar na memoria
Imagens de momentos particulares
Do mundo e de si.
Logo não partilháveis, enquanto não descodificadas.
Imagens outras.
Os sentimentos puros não são transmissíveis.
Porque imagens de nós enquanto seres únicos.
Com sentidos diferente da vida e do mundo.
O que fazer então com as imagens que sentimos ?
Simplesmente deixar a beleza toda penetrar o teu ser.
E sentir!.. Sentir!.. a beleza em cada coisa que tocamos.
Sexta-feira, 7 de Setembro de 2007
Pelo caminho de nós mesmos
pelo caminho de nós mesmo , vamos .
Vamos!Vamos! Vamos sempre!...
Para onde, não sabemos .
Mas vamos , vamos e continuamos a ir .
sempre a sorrir, vamos !...
partir ,ou não partir ?
Ficar ou não ficar ?
ser ou não ser ?
No que desconhecemos fazendo.
tudo num sorriso abrir .
As pedras a brilhar
Os putos a jogar
Os homens a nadar
As castanhas para apanhar .
importante importante, é criar.
A beleza nas coisas por que passamos.
Pensamos , pensamos e vamos .
Vamos! Vamos!Vamos sempre!...
Para lá , para cá .
De lá para cá , e de novo para lá
Em tudo o que tocamos qualquer coisa alteramos
Vamos pois continuar a ser o que somos
Na certeza que sendo.
Somos o nós mesmos.
Segunda-feira, 3 de Setembro de 2007
O Coelhinho Drogado
Era uma vez um coelhinho que andava a passear no campo quando viu dois elefantes. Ao cruzarem-se começaram a falar. O resumo do diálogo entrontra-se aqui em baixo:
Conversa entre o coelhinho e os dois elefantes:
C: Vocês estão a fumar um charro!
E1: Tb queres coelhinho?
C: ...
E2: Olha que este é dos bons...
C: Venha!
(ao fim de 5 minutos)
C: Não sinto nada...
E1, E2: Vamos enrolar um mais forte.
(depois de enrolar)
E1: Toma lá coelhinho... Está muito bruto.
(ao fim de 5 minutos)
C: Não sinto nada...
E2: Epah... este coelhinho já me está a enervar... vamos enrolar o maior charro da história!
(depois de enrolar)
E1: Epah... eu não me responsabilizo pelo coelhinho agora... se ele morrer não me apareçam os restantes coelhos a chatear... Toma lá coelhinho.
(ao fim de 10 minutos)
C: Não sinto nada... ... não sinto as pernas, não sinto os braços, não sinto a cabeça,...